No inverno sentimos coceira, ardência, vermelhidão e irritação nos olhos. Saiba quais as doenças provocam esses sintomas e seus tratamentos.
O inverno chegou! Nesta época do ano curtimos as festas juninas, o cobertor quentinho e o chocolate quente, mas o friozinho que bate em nossa porta não vem sozinho. Ele costuma vim acompanhado de doenças respiratórias, gripes e problemas oculares.
No inverno, aumentam as queixas de coceira, ardência, vermelhidão e irritação nos olhos, em consultórios oftalmológicos. Esses sintomas, característicos de conjuntivite, alergia ocular e olho seco, atingem pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.
relata o médico oftalmologista Dr. Guilherme Kappel
Problemas oculares podem surgir em qualquer estação do ano, mas no inverno nossos olhos estão mais suscetíveis a eles.
A combinação de baixas temperaturas e baixa umidade do ar, características das épocas frias, favorece o aumento da concentração de poluentes no ar, a redução da lubrificação natural dos olhos e a permanência das pessoas em ambientes fechados. Esses três fatores aumentam a probabilidade de manifestação de problemas oculares como conjuntivite, alergia ocular e olho seco.
A conjuntivite pode provocar nos olhos coceiras, vermelhidão (hiperemia), secreções, lacrimejamento, inchaços (edema), ardência, sensação de areia nos olhos, entre outros sintomas.
Causada pela inflamação da conjuntiva, uma membrana que recobre a parte branca de nossos olhos, a conjuntivite pode ser infecciosa e não-infecciosa.
A conjuntivite infecciosa, transmitida pelo contato com objetos contaminados, é causada por vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Ela é fácil de pegar, mas dá para evitar:
VEJA nossas 6 dicas para ficar longe da conjuntivite, onde o Dr. Guilherme Kappel explica o que fazer para não se contaminar com a doença.
A conjuntivite não-infecciosa, que não há risco de contágio, podem ser alérgica, química ou traumática.
O tratamento da conjuntivite depende de sua causa. Em geral, os médicos oftalmologistas, após avaliação em consulta oftalmológica, prescrevem colírios e, em alguns casos, antibióticos.
A alergia ocular pode provocar nos olhos irritação, coceiras, vermelhidão (hiperemia), ardência, entre outros sintomas.
Resultado da resposta do nosso organismos a determinadas substâncias (alérgeno), a alergia ocular afeta os olhos e pálpebras. Ela atinge um grande número de pessoas, mas tem maior incidência nas que já sofrem com algum outro tipo de alergia, como asma, rinite e sinusite.
Alguns colírios podem ser prescritos pelo oftalmologista para aliviar os sintomas, mas como toda doença alérgica, a prevenção é a base do tratamento!
A síndrome do olho seco é caracterizada por coceira, vermelhidão (hiperemia) e sensação de areia nos olhos, visão borrada que melhora ao piscar os olhos e, incomodo nos olhos após ver TV, ler ou usar o computador.
A doença surge quando há problemas com a qualidade das lágrimas ou sua produção. Além disso, fatores do ambiente como clima seco (característico do inverno) e, longos períodos de exposição em ambientes com ar condicionado e aquecedor, também podem contribuir para seu desenvolvimento.
VEJA nossas 6 dicas para aliviar os sintomas de olho seco, onde o Dr. Guilherme Kappel explica o que fazer para reduzir o desconforto.
O tratamento da síndrome do olho seco, indicado por médicos oftalmologistas após avaliação do paciente, geralmente, é o uso de colírios lubrificantes, a higiene ocular e a ingestão de alimentos com ação antioxidante.
As doenças do inverno são muito populares, não é difícil encontrar um conhecido que tenha sofrido com alguma dessas doenças em algum período da vida. E, é por essa popularidade que com frequência as pessoas optam pela automedicação.
Os colírios, que são um dos principais tratamentos prescritos para as doenças de inverno, são remédios líquidos e, como todo remédio, seu uso deve ser feito somente com
acompanhamento médico, Figura 1.
O tipo e a quantidade de gotas recomendadas do colírio variam de acordo com cada problema e, a automedicação pode ser muito perigosa. Em alguns casos ela alivia os sintomas, mas não trata corretamente a doença, o que pode colocar a saúde de seus olhos em risco, gerando problemas oculares graves que podem levar a perda de visão parcial ou cegueira.
A automedicação é sempre um perigo para o paciente. Ela pode aliviar os sintomas, mas não trata corretamente a doença e coloca seus olhos em risco, podendo levar até à cegueira. Quando uma pessoa, que já teve uma doença no passado acha que repetir o tratamento realizado basta, é mais grave ainda!
alerta o médico oftalmologista Dr. Guilherme Kappel.
A automedicação também é muito comum em pessoas que já tiveram alguma doença ocular no passado. Geralmente, as pessoas detectam um sintoma, o correlacionam a uma doença e, repetem o tratamento prescrito anteriormente pelo médico com o colírio que sobrou. Isso é mais grave ainda! Apenas o médico oftalmologista pode diagnosticar uma doença ocular e tratá-la. E, usar medicamentos guardados por longos períodos pode ser muito perigoso! Os colírios são estéreis (livre de microrganismos) e após aberto eles não consegue se manter livre de microrganismos por muito tempo.
Não deixe de ver nosso post sobre como armazenar o colírio e identificar as suas datas de validade!, onde o Dr. Guilherme Kappel explica tudo que pode e não pode fazer com a medicação.
O cuidado com a saúde dos olhos deve ser algo diário, fique atento a qualquer mudança na sua visão e não deixe de visitar seu médico oftalmologista ao menos uma vez por ano.